quinta-feira, 25 de junho de 2009

Porque Clarisse sempre diz as coisas certas?

“Sonhe com aquilo que você quiser, vá para onde você queira ir, seja o que você quer ser. Porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce, dificuldades para fazê-la forte, tristeza para fazê-la humana, e esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas, elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram, para aqueles que se machucam, para aqueles que buscam e tentam sempre, e para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade. A vida não é de se brincar, porque em pleno dia se morre.”

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sossego do coração.

Era tão estranho…porque mesmo sabendo que ia dar tudo certo, porque já deu certo, porque estava dando tudo certo, morria de medo que parasse de dar certo. E mesmo quando estava feliz, muito feliz, sentia uma certa tristeza porque só pensava quão ruim seria perder aquela felicidade. Pois estando sossegada e vazia como antes, pelo menos não tinha nada a perder…E vivia suas pequenas tragédias imaginárias como se fossem reais e ia esfriando, esfriando, se preparando prum tombo que nem sequer havia sido anunciado. E nem conseguia perceber que se eles já não mais passavam mal de tanta paixão é porque a coisa havia mudado: ganhara um equilíbrio qualquer que lhes permitia comer e fazer outras coisas triviais sem que se consumissem pensando no outro com toda aquela febre. Era pra celebrar perder aquele desespero pois continuavam se fazendo companhia com a mesma diversão, falando das coisas mais importantes e evitando mergulhos fora de hora que poderiam terminar em feridas ou naquele esmiuçar insistente dos que se sentem num constante afogamento e precisam se agarrar ao pescoço de alguém pra não afundar sozinho. E era tão estranho esse medo todo que quando corria na praia e o seu coração apertava, pensava logo que era um mau-presságio, uma angústia funda, um aviso ruim, quando na verdade só era preciso diminuir um pouco o ritmo e se lembrar de respirar adequadamente dentro daquela atividade física. E no fundo sabia que sempre daria certo, pro sim ou pro não, sempre seria como deveria no tempo que é próprio, na transformação que é necessária. E que o seu medo não mudaria o destino das coisas, só a fazia querer de maneira estabanada e em estado de pânico, induzindo ao auto-boicote: evitava um abraço quando mais precisava dele, dava um beijo seco quando queria deixar que ele invadisse todo o seu corpo, deixava de escrever as coisas mais bonitas pra não alimentar um possível desinteresse do outro.E ficava jogando sozinha o jogo imbecil dos que temem porque ignoram a tranqüilidade. E ficava triste, desconsoladamente triste quando poderia estar sendo o momento mais pleno da sua vida: ela estava apaixonada pela sua confusão. Era só prestar atenção no outro, na atmosfera, nos gestos.Mas só tinha olhos pro seu medo.Era só ter mais confiança na vida e lembrar das tantas outras vezes que sobreviveu. E que munir-se não a imunizava. E ela só não entendia que isso ainda acontecia porque sempre investia na coisa errada: investia todas as fichas no outro esperando retorno até não sobrar nada pro trabalho mais minucioso: investir no sossego do próprio coração.

Marla de Queiroz

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Talvez...

Everyone says love hurts, but that is not true. Loneliness hurts. Rejection hurts. Losing someone hurts. Envy hurts. Everyone gets these things confused with love, but in reality love is the only thing in this world that covers up all pain and makes someone feel wonderful again. Love is the only thing in this world that does not hurt.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

“Era uma vez
uma mulher que
via um futuro grandioso
para cada homem
que a tocava.
Um dia
ela se tocou.”



Alice Ruiz

terça-feira, 2 de junho de 2009

Memórias inatingíveis

Me lembro de quando era pequena e não conseguia me estabelecer em nenhum dos grupinhos ou "panelinhas" do colégio. Eu não era bonita ou legal o bastante pra ficar no grupo das garotas populares e nem era tão nerd pra ficar no grupo dos super-dotados-mega-estranhos.
Eu não cabia em nenhum grupo, não existia grupo que eu parecia poder entrar e me sentir feliz. Assim, eu ficava sozinha na maioria das vezes, até descobrir que no final das contas só sobraria eu mesma e todo o silêncio infinito do mundo.
Eu não tive a pior infância do mundo, mas também confesso que todas as poucas memórias de momentos felizes daquela época foram se apagando da minha mente ao longo dos anos, em contrapeso a solidão que ainda me assombra.

um beijo de cigarro e um pouquinho de dor.

“Quando ando no meio de outras pessoas não me sinto bem. O que elas falam e o entusiasmo que demonstram nada têm a ver comigo. O mais curioso é que justamente quando estou na companhia delas é que me sinto mais forte. Me vem a idéia seguinte: se podem existir só com esses fragmentos de coisas, então eu também posso. Mas é quando estou sozinha e todas as comparações se reduzem a mim mesma contra a história, contra o meu fim, contra as paredes, contra a minha própria respiração, que começa a me ocorrer coisas estranhas.

Sou uma pessoa evidentemente fraca.”