Muitas vezes eu toquei no telefone e quase liguei pra você, e fiz o que já fiz incansáveis vezes. Perguntar o porquê disso tudo, chorar e pedir pra que a gente voltasse a ser como éramos antes. E todas essas vezes em que eu toquei nesse telefone, um medo invadiu meu peito, medo de ser reprimida, e medo de mais uma vez ter feito 'papel de boba' nessa situação tão estranha que fez a solidão ter morada no meu peito.
O que eu mais me perguntei nos últimos dias foi o que eu fiz de errado, ou o que nós fizemos de errado pro destino ter sido tão cruel e ter feito isso.
É como se me faltasse ar, e tudo tivesse menos graça, porque nada me fazia mais feliz do que 'fazer nada' ao seu lado meu bem.
Eu tenho andado sem rumo e chorando à toa porque de repente tudo sumiu e todas as vezes que a vida me parece quase nada, coisa alguma parece poder me confortar.
Eu ainda sou uma menina, que chora quando se sente ameaçada e que faz birra quando sente ciúmes. E só você podia me entender, mas a vida deu uma rasteira na gente.
Eu não quero desistir de tudo, e muito menos da gente, porque nada foi em vão, os anos que se passaram, as risadas, os dias juntas em que parecia que o mundo era nosso e as noites que demoravam pra passar em que eu sempre adormecia antes de você.
É só com você que eu vejo meus sonhos se realizarem. E é só com você também que eu me sinto completa.
Admito que não sei explicar o que aconteceu com a gente, mas o mundo dá voltas, e em uma delas eu vou parar do seu lado novamente.
